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  • Foto do escritorDakila News

Crescimento da discussão e uso da energia solar

Atualizado: 1 de set. de 2023

No cenário mundial, esse ano será um marco na questão de energias renováveis, visto que pela primeira vez o investimento em energia solar será maior que todo o capital direcionado à indústria do petróleo, chegando a US$ 382 bilhões globalmente.


Ainda esse ano, a Espanha foi capaz de contribuir com 24% da demanda total no mês de julho, enquanto a Grécia conseguiu cobrir 3,5 gigawatts (GW) da demanda total de 10,35 GW, no pico que ocorreu no dia 24 do mesmo mês. Além disso, os recentes acontecimentos na Ucrânia, obrigaram a Europa a acelerar essa transição já que ela deixou de receber gás barato da Rússia.


No Brasil, essa fonte de energia apresenta um grande potencial, devido a farta incidência solar que o país possui durante o ano. Ademais, através de políticas públicas o próprio governo tem incentivado o uso dessa energia, o que reduz a dependência de fontes não renováveis, além de trazer vantagens financeiras.


Esse ano, a geração de energia solar no país, permitiu que essa fonte esteja em segundo lugar no ranking de potência instalada, com 32,5 GW. Um dos fatores que contribuiu para isso, foi a potência operacional das grandes usinas solares terem ultrapassado o marco de 10 GW nesse mês de agosto, ademais a geração de pequenos terrenos apresenta capacidade de 22,5 GW.


Apesar desse marco, em termos de energia elétrica, a solar segue atrás da eólica, ocupando o terceiro lugar. Segundo o cofundador e presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauia, a implementação de energia solar é fundamental para impulsionar o processo de transição energética e reindustrialização do país, sem contar no revigoramento da economia. Ele ainda afirma "A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda aos cidadãos".


Em consequência dos diversos benefícios que essa energia fornece, a instalação em residências tem se tornado cada vez mais atrativa e viável, principalmente por conta da economia de energia e dessa forma, da conta de luz também. Além de uma redução significativa desses custos, o imóvel também passa a ter uma maior valorização de mercado.


Ronaldo Koloszuk, presidente da Absolar, reforça "Quando você vai implementar uma nova política, normalmente isso acarreta custos. No caso da energia solar, você está implementando uma política de redução de custos. É a porta de entrada para uma economia verde”.


Em vista dessa crescente pauta das energias renováveis, diversas empresas se preocupam com o ESG (Environmental, Social and Governance), ou seja, elas zelam pela sua integridade, através de programas sociais e ambientais, tendo um retorno lucrativo direta ou indiretamente. Aspirando esse cenário, a Nextron e a Orla Rio desenvolveram o projeto "Solis".


Esse projeto, tem como principal objetivo democratizar a energia sustentável para os operadores de quiosques em toda a orla carioca. Segundo Pitanguy, CEO da Nextron, através dessa parceria, eles entregam a energia solar por meio de um sistema de assinatura, onde a empresa usa de suas fazendas solares para a geração de energia e através de um software eles distribuem para os estabelecimentos que podem aderir ao programa por meio de um aplicativo.

Dessa maneira, as empresas não precisam ter os altos gastos com a estrutura para captação e geração dessa energia renovável. Sem contar que, conforme uma pesquisa do Sebrae, as despesas de uma empresa com energia elétrica chegam a representar 20%, tendo a adesão dos quiosques a esse projeto como um ganho para ambas as partes.


Ademais, deixando o lucro financeiro de lado, essa iniciativa prevê a redução da emissão de seis milhões de CO2, mensalmente, o que equivale a economia de 2.772.257,18L de combustíveis, segundo as análises da empresa, o que resulta em uma contribuição significativa ao meio ambiente.


Apesar disso tudo, o pesquisador Roberto Brandão da UFRJ, considera que a energia solar no país, ainda se encontra em um estágio inicial, mas que se permanecer nesse ritmo, especialmente com a influência do governo, dentro de alguns anos essa fonte de energia será acessível para todos. Em suma, o Brasil tem tudo para ser líder nessa transição energética barateando os gastos de energia e ainda por cima auxiliando o meio ambiente como um todo.


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