No início do mês de maio uma das equipes de Dakila Pesquisas juntamente com o CEO do Ecossistema Dakila - Urandir Fernandes de Oliveira, viajou até Santa Catarina para dar continuidade nas pesquisas do Caminho de Peabiru que se intensificaram em 2021. Conhecido também por caminho do Biru, estrada da terra sem mal, caminho para o centro da terra, estrada dos Incas e diversas outras denominações, são trajetos que cortam o continente sul-americano e se interconectam criando uma estrada com várias ramificações.
Quando os europeus chegaram ao Brasil, os Guaranis já percorriam o Peabiru e citavam a presença de um mensageiro que estava sempre orientando e passando conhecimento em vários sentidos. Esse ser, chamado Sumé (denominado também como Tomé ou Tomás), ensinava os povos a desbravar por esse caminho e a encontrar bases, ou seja, pontos para se estabelecer. A lenda diz que este grande sábio dos indígenas deixava pegadas e marcas em várias partes, que dizia respeito a localização dos espaços subterrâneos onde estariam guardados mantimentos e artefatos, logo a importância histórica e cultural desse caminho/estrada é de suma importância para a população brasileira poder usufruir de conhecimentos não pautados nas grades escolares e assim adquirirem informações novas e desfrutar de uma história não antes contada ou ocultada…
CEO Do Ecossistema Dakila Urandir Fernandes de Oliveira em expedição ao Paraná (NOV 2023)
A equipe iniciou suas pesquisas no distrito de Coxilha Rica localizado no município de Lages, onde foram guiados por Tibério (guia turístico da região) que os levou para conhecer o cemitério da Família Ramos assim como a Fazenda da Família Ramos, onde puderem identificar diversas taipas (muros de pedra), além de um corredor formado também por taipas, conhecido como - Caminho das Tropas, por onde passavam os tropeiros (O Caminho das Tropas, também conhecido como Estrada das Tropas, Estrada Viamão-Sorocaba, Estrada Real, Caminho da Serra ou Estrada do Sertão, foi o trajeto pelo qual as tropas de animais comprados do Sul se deslocavam para as províncias do Sudeste (HERBERTS)).
A construção do Caminho remete a diferentes momentos, mas parece haver certo consenso quanto a 1731, ano em que o português Cristóvão Pereira de Abreu iniciou a abertura da rota. Um ano depois, ele conseguiu alcançar Curitiba–PR desde Viamão, consolidando-se como o primeiro negociante a cruzar tal percurso (GIL, 2008, p. 25). Segundo o Pesquisador Fernando Andreazza, operador de drones e outros equipamentos tecnológicos utilizados pela equipe nas pesquisas de campo como: LiDAR e GPR, ele pode constatar via imagem do drone que as taipas presentes na região em estudo são contínuas e ininterruptas estendendo-se então por muitos quilômetros.
Equipe de Dakila Pesquisas em Coxilha Rica - SC
Casas pertencentes a fazenda da Família Ramos
Muro de taipa de pedra encontrado na região
Pesquisadora Fernanda Lima e Guia Turístico da região Tibério em um cemitério
Vista externa do Cemitério
Pesquisadora Fernanda Lima tirando foto de um corredor de Taipa de pedra
Corredor de taipa de pedra visto de lado
Corredor de taipas de pedra visto de cima na horizontal pela imagem do drone
Corredor de taipas de pedra visto de cima na horizontal pela imagem do drone
Imagem do corredor de taipas vista de cima pelo drone
Em sequência foram até o município de São Pedro de Alcântara, onde encontraram-se com uma das equipes locais de Dakila Pesquisas, para conhecer outra parte do Caminho das Tropas que foi tombado em 15/11/2004 pela Lei n.º 297. Durante o trajeto os pesquisadores observaram a presença de um mini silo, caminhos de pedra (como o de Itupava no Paraná) além de marcas em pedras e cortes não naturais.
Equipe local de Dakila Pesquisas no Caminho das Tropas
Placa (1) sinalizadora do Caminho das Tropas
Placa (1) sinalizadora do Caminho das Tropas
Mini Silo (reservatórios/cavidades normalmente construídos no chão com a finalidade de armazenar grãos entre demais alimentos)
Caminho de pedra semelhante ao encontrado na Trilha de Itupava - PR
Foto mais aproximada das pedras que formam o Caminho dos Tropeiros em São Pedro de Alcântara - SC
Outro caminho de Pedra
Corte não natural em uma das pedras encontradas no Caminho dos Tropeiros
Corte não natural em pedra no chão
Associada de Dakila Pesquisas verificando marcação não natural em pedra
Marca não natural em pedra Após às pesquisas Urandir Fernandes de Oliveira - CEO do Ecossistema Dakila, Fernanda Lima - Diretora de Pesquisas de Ratanabá e Larissa Kautzmann - Diretora de Pesquisas Gerais foram convidados para estar no Podcast Pé na Areia abordando e desenvolvendo um raciocínio sobre o tema: TUDO SOBRE RATANABÁ e também participaram do Web Rádio - Portal Carlos Magagnin onde o Presidente de Dakila falou sobre as atualizações das descobertas do Caminho de Peabiru.
Participação dos Pesquisadores no Podcast Pé na Areia
Pesquisadores presentes no Portal Carlos Magagnin
Nesse período de pesquisas em Santa Catarina a equipe de Dakila Pesquisas já estava ciente dos acontecimentos vigentes no Rio Grande do Sul, além da associação, direcionar doações financeiras e demais necessárias para o núcleo oficial de Dakila no Rio Grande do Sul onde foram/estão sendo utilizadas para a reconstrução da dignidade das famílias afetadas a equipe decidiu locomover-se pessoalmente até o Rio Grande do Sul para realmente entender de perto a situação vivida pela população e junto a isso conseguir relatos das vítimas para posteriormente estarem desenvolvendo um mini documentário.
Pesquisadores em Canoas - RS
Realidade de Canoas - RS
Canoas - RS (Maio de 2024)
Equipe de Dakila Pesquisas e associados do RS em Porto Alegre
Realidade Porto Alegre - RS (Maio de 2024)
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