No presente estudo, o Prof. Dr. Tadeu Leonardo Soares e Silva da UERJ, associado há 14 anos de Dakila Pesquisas, em colaboração com outros pesquisadores, desenvolveu um artigo científico sobre o uso da argila kimberlito (KI) e da argila montmorillonita (MMT) em espumas de poliuretano, visando torná-las mais sustentáveis.
O texto fala sobre dois tipos de argila que podem ser usadas para reforçar a espuma de poliuretano (PU), fortalecendo-a e com melhores propriedades. Um dos tipos mencionados é a argila montmorillonita (MMT), que tem uma estrutura em camadas e consegue "inchar" quando absorve água. Isso acontece porque há íons (partículas com carga elétrica) entre essas camadas que podem se hidratar.
A MMT é usada para melhorar a espuma de PU porque pode se expandir e se misturar bem com a estrutura do material. Uma argila com estrutura semelhante é a argila de kimberlito (kl), que também tem camadas e pode absorver íons e água. No Brasil, a argila kl é formada por sedimentos de solos basálticos, o que a torna rara. Ela tem sido estudada por suas propriedades de "inchaço" e capacidade de trocar íons com outras substâncias.
O Poliuretano (PU), um material muito usado em várias indústrias, como construção, automóveis, fabricação de calçados, móveis e isolamento térmico, é produzido ao misturar dois ingredientes principais (poliol e isocianato), formando uma reação que cria a espuma. Dependendo de como é feita essa mistura, a espuma pode ter poros (células) abertos ou fechados, que influenciam suas propriedades.
A maioria do consumo de poliuretano no mundo é na forma de espuma, e isso deve aumentar muito nos próximos anos. A espuma de PU é versátil porque, ao fazer pequenas mudanças na sua composição, é possível melhorar suas características, como a resistência ao calor, à pressão e sua capacidade de absorção de água.
Muitos estudos testam a adição de diferentes materiais para melhorar a espuma de PU. Isso inclui coisas como polpa de papel, casca de café, borracha de pneu e até fibras de penas de peru. Esses materiais ajudam a tornar a espuma mais forte, mais resistente e, às vezes, até mais ecológica.
Um novo material é formado quando misturando espuma de poliuretano (PU) com a argila chamada kimberlito (kl).
Figura 1. Representação esquemática da metodologia utilizada na preparação do PU puro e das espumas de PU com diferentes teores de kl (espumas de PU/KI).
O objetivo do estudo foi testar como a adição dessa argila afetaria as propriedades da espuma. Os cientistas misturaram diferentes quantidades de argila (10% e 20%) para ver como isso afetava as propriedades do material.
Figura de materiais 2. (Análise morfológica do PU puro, PU/10% kl e PU/20% kl, onde (A) representa imagens de OM do PU/20% kl e espumas). Imagens de FESEM com ampliação de 100x em modo SE e BSE. (B) representa a distribuição dos poros, o tamanho e a densidade dos poros.
Eles analisaram essas misturas de várias maneiras, como olhando a estrutura da espuma, testando sua resistência, medindo o quanto ela absorve água e vendo como ela reage ao calor. Descobriram que a adição da argila muda a forma dos poros na espuma e a torna mais densa, mais resistente ao calor e com menos absorção de água. Isso faz com que o material seja mais forte e dure mais em comparação com a espuma normal.
Outro ponto interessante é que a adição da argila ajudou a diminuir a quantidade de cloro na espuma, tornando-a mais ecológica. Esse novo material, feito com a combinação de espuma de PU e argila de kimberlito, pode ser usado em várias áreas, como construção, fabricação de peças para carros e até para limpar derramamentos de óleo, por ser mais resistente e menos prejudicial ao meio ambiente.
Em resumo, o texto fala sobre como essas argilas, especialmente a MMT e a kl, podem melhorar a espuma de PU, tornando-a mais resistente e durável devido às suas propriedades únicas.
Estudos como esse trazem mais reconhecimento e seriedade para que as pesquisas do uso da argila kimberlito em diferentes âmbitos, seus componentes e benefícios, continuem sendo explorados.
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