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Sítios arqueológicos revelados após seca na região amazônica + Expedição ao Paraná e a pedra incomum

Foto do escritor: Dakila NewsDakila News

Atualizado: 18 de nov. de 2023

A seca histórica que assola a região amazônica revelou quatro sítios arqueológicos em diferentes pontos do estado do Amazonas, sendo três deles totalmente desconhecidos e de grande relevância. O sítio já conhecido é o da Ponta das Lajes, na capital manauara, que aflorou pela segunda vez – a primeira havia sido durante a seca de 2010. Com cronologia estimada entre mil e dois mil anos atrás, o local possui petróglifos, isto é, blocos rochosos nos quais há registros rupestres que representam figuras humanas. Em sua maior parte, as representações são de rostos, que a comunidade local chama popularmente de “caretas”, mas há também gravuras e uma área de oficina lítica com marcas de amoladores. O sítio das Lajes ainda possui bacias de polimento, locais em que, há milhares de anos, povos originários confeccionavam suas ferramentas, como machadinhas.



Dentre os três sítios até então desconhecidos, estão as ruínas do Forte São Francisco Xavier, no município de Tabatinga, construído durante o século XVIII, às margens do rio Solimões, tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Construído em madeira grossa, a fortificação tinha formato de hexágono irregular e comportava nove peças de artilharia, das quais restam cinco – duas estão expostas no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro (RJ) e três no Quartel do Comando de Fronteira do Solimões, do Exército Brasileiro. A edificação é considerada marco da consolidação da fronteira brasileira na região Norte.


Vestígios arqueológicos encontrados no sítio Forte São Francisco Xavier Fotos: Jaime Oliveira/Acervo Iphan O segundo deles é o sítio Costa do Goiabeira, no município de Anamã, a 160 km de Manaus. Com a seca, foram reveladas urnas funerárias em material cerâmico.

E o terceiro dos sítios está localizado no município Urucará, a 260 km da capital, às margens do rio Uatumã. Ele é composto de petróglifos, semelhantes àqueles descobertos na Ponta das Lajes, em que se pode ver gravuras feitas em pedras. Classificados como pré-coloniais, os sítios representam o modo de vida de povos que habitaram aquela região no passado.

Tanto o sítio de Anamã quanto o de Urucará ainda não estão registrados no CNSA. O Iphan só teve conhecimento da existência desses vestígios durante a estiagem de 2023, demandando visitas que devem ser feitas em parceria com outras instituições de pesquisa do estado do Amazonas nas próximas semanas. Na visão do Ecossistema Dakila, há muito mais achados arqueológicos do esses que foram publicados. Pelos estudo de Dakila as inscrições e desenhos presentes nas pedras em sua maioria não são simples "marcas de amoladores" como é dito por "estudiosos". Um exemplo disso foi a última expedição dos pesquisadores ao Paraná, no qual uma das paradas foi o Museu Paranaense em Curitiba, onde puderam observar a exposição de uma pedra com desenhos e formações incomuns:


Pedra com formações incomuns exposta no Museu Paranaense em Curitiba

CEO do Ecossistema Dakila Urandir Fernandes de Oliveira ao lado da exposição de pedra

Descrição da pedra exposta no Museu Paranaense Enquanto a descrição do museu sobre a pedra exposta está nomeada como: "Bloco arenítico com afiadores em canaleta e gravuras" é visível para o pesquisadores de Dakila que essa descrição não é fiel. Acredita-se que esses desenhos diferenciados possa ter correlação com as coordenadas de Ratanabá. Além de ter sido encontrado no Porto Amazonas, lembra muito as quadras de Ratanabá descobertas pelo LiDAR nas expedições feitas na Amazônia pelo grupo.

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