Espécie ainda desconhecida na Amazônia é tema de investigação para os pesquisadores de Dakila
Pesquisadores de Dakila retornaram a região Amazônica para instalar câmeras trap na intenção de captar um animal ainda desconhecido.
Motivados por inúmeros relatos verbais e indícios em gravuras e cerâmicas a equipe decidiu pesquisar a fundo sobre os “lagartos gigantes” da Amazônia.
No início deste mês de fevereiro a equipe se deslocou até Jacareacanga no Pará onde moradores da região relataram avistamento do animal durante os anos.
A moradora que contatou a equipe, descreveu a criatura como tendo uma cabeça muito preta e lisa, com olhos esbugalhados sendo um animal horrível.
Além de fornecer informações, a moradora guiou a equipe até os pontos de avistamento no rio Tapajós. Esses pontos coincidem com as áreas de remanso e possuem cerca de 30m de profundidade.
Ao todo foram instaladas 12 câmeras, sendo a maioria voltada para o rio, já que não se tem relato desse animal em terra firme.
Grande parte dos eventos ocorreram ao alvorecer do dia em horários em torno de 4 e 5 da manhã durante o inverno que coincide com a época de cheia dos rios. Esses dados são importantes para investigar o comportamento dessa espécie, auxiliando na identificação da mesma.
Através de referências bibliográficas em comparação com os relatos, a equipe trabalha com a hipótese de ser uma espécie ainda desconhecida da herpetofauna (grupo que inclui repteis e anfíbios).
Sendo que uma pele lisa poderia ser semelhante as partes moles dos quelônios (tartarugas, jabutis e cágados) ou aos corpos de anfíbios.
Vale lembrar que até hoje existem salamandras gigantes na China e no Japão, que podem chegar a até 1,80m de comprimento. Inclusive a maior espécie existente nos dias atuais é chamada de Salamandra hanzaki, conhecida também pelo seu nome cientifico Andrias japonicus.
Essa espécie de salamandra é considerada um fóssil vivo, pois de acordo com diretor do Instituto Hanzaki, Takeyoshi Tochimoto “ O esqueleto desta espécie é quase idêntico ao dos fósseis de 30 milhões atrásˮ.
Pesquisadores destacam sua pele semelhante ao couro e sua cabeça grande coberta de tuberosidades. Além disso, foram registrados hábitos de vivência discreta geralmente ocupando covas em margens de rio.
Esses hábitos e características talvez possam ser encontrados na espécie ainda não identificada, já que nos eventos em que avistaram esse animal ele estava sempre próximo às margens do rio. Além, do mesmo também ter sido descrita em alguns momentos com um corpo coriáceo.
Hipóteses e revisões bibliográficas ainda estão sendo levantadas pelos pesquisadores de Dakila para desvendar mais um mistério da imensa floresta amazônica.
Os pesquisadores ainda esperam que os dados que serão coletados através das armadilhas fotográficas tragam cada vez mais pistas sobre essa espécie, assim como os primeiros registros fotográficos dessa espécie que vem alarmando a população local.
Comments